terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Inteligência...alimente essa ideia!


Os modelos analíticos mais utilizados em Inteligência Competitiva 2012

Em recente post no grupo SCIP no LinkedIn, Dr. Antony Michail, perguntou aos membros que participam do grupo: “Quais ferramentas você utiliza mais para analisar a sua concorrência?”

Com 102 votos e mais de 65 comentários, o resultado:

1. Porter's 5 forces (30%)
Entra ano e passo ano, mas a chamada “5 Forças de Porter” ou “Análise da Indústria” continua sendo importante no trabalho de Inteligência.
Críticos afirmam que esta análise não atende mais os tempos atuais e não é mais eficiente. Mas sempre que se faz esta pergunta nos mais variados estudos, sempre esta é uma das análises mais realizadas pelos profissionais de Inteligência.


2. Benchmarking (30%)
Método para comparar desempenho de algum processo, prática de gestão ou produto da organização com o de um processo, prática ou produto similar, que esteja sendo executado de maneira mais eficaz e eficiente, na própria ou em outra organização, entender as razões do desempenho superior, adaptar à realidade da organização e implementar melhorias significativas.Definição da Fundação Nacional da Qualidade. Fonte: Benchmarking – Relatório do Comitê Temático


3. Scenario Analysis (7%)
Análise de Cenários ou “Cenários Prospectivos” tem por objetivo auxiliar as organizações brasileiras a definirem corretamente suas estratégias na nova sociedade globalizada, onde a competição aumenta muito e o volume de informações a serem monitoradas cresce vertiginosamente. De acordo comElaine Marcial e Raul Grumbach (autores deCenários prospectivos: como construir um futuro melhor), a nova sociedade do conhecimento e o novo ambiente turbulento e competitivo geram uma incerteza muito grande, em que as antigas metodologias de definição de estratégias, baseadas em análises de tendências e previsões, não mais se aplicam.


4. Value Chain Analysis (5%)
Uma cadeia de valor representa o conjunto de atividades desempenhadas por uma organização desde as relações com os fornecedores e ciclos de produção e de venda até a fase da distribuição final. O conceito foi introduzido por Michael Porter em 1985.


Ao decompor uma organização nas suas atividades de relevância estratégica, torna-se possível analisar o comportamento dos custos e as fontes existentes assim como potenciais de diferenciação em cada processo de negócio, otimizando o valor final que o seu produto representa para o cliente. A liderança de custo e a diferenciação pela qualidade acrescem valor ao produto e proporcionam vantagem competitiva a organização no contexto da indústria em que se insere.


A cadeia de valor de uma organização insere-se num contexto mais amplo de atividades e constitui um sistema de valores onde estão integradas também as cadeias de valor de fornecedores e de distribuidores.


Claro que existem muitos outros, que também foram citados, como: SWOT & TOWS.


Novas abordagens como a de Max-Hubert BELESCOT, Experienced Business Development Manager/Market Intelligence Specialist de Paris, França, denominada 10 forças,também fizeram parte dos importantes comentários adicionados a pesquisa.


Sobre as 10 forças – Max-Hubert Belescot
Hoje, as principais forças que impactam a indústria a companhia e seus produtos e serviços incluem clientes, concorrentes, fornecedores, distribuidores, substitutos, fatores tecnológicos; demográficos; culturais; econômicos, assuntos regulatórios, outras indústrias e perspectivas.


Para o autor, o ambiente competitivo em que toda a empresa enfrenta hoje para controlar a sua vantagem competitiva. Claro, este ambiente pode ainda ser obrigado a mudar ao longo do tempo.


Em síntese
Como este é um tema complexo e com muitos modelos analíticos disponíveis, creio que uma boa reflexão é o pensamento de Troy Pfeffer, Competitive Intelligence Director at Cintas de Cincinnati, USA.


Para Troy “as 5 forças se traduzem em uma ferramenta em nível macro, utilizado para análise de uma indústria (conceito de Porter) ou setor como muitas vezes nos referimos no Brasil, aos setores econômicos. Ainda para nosso colega, a “Análise da Cadeia de Valor” é uma ferramenta analítica de inteligência em nível micro, ou seja, analisar as relações intra-empresa.


Sobre “Análise de Cenário”, comenta que esta é uma ferramenta para verificar que fatores irão mudar para que se possa formular estratégia ou um conjunto de estratégias que possam suportar as incertezas.


Ainda, para analisar adequadamente um determinado concorrente, indica a utilização do modelo analítico “Porter's 4 Corner”.


E finaliza, lembrando. Há uma diferença entre “forças” e “fatores". Tecnologia, economia e regulamentações governamentais são fatores que afetam uma indústria. Estes (fatores) não devem ser confundidas com as forças subjacentes que compõem a estrutura de uma indústria (setor).


Os fatores são passageiros, as forças não são. Concentre-se nas forças e considere os fatores! Não misture.”


Bom trabalho, boa sorte.
Alfredo Passos

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